"="">Durante o período de consolidação das matrizes teóricas
clássicas da Antropologia, os estudos de parentesco foram guiados pela idéia de
que este domínio da vida social correspondia ao núcleo das assim chamadas
sociedades primitivas. Tratava-se, em suma, de tomar o parentesco como o plano
privilegiado de inteligibilidade, descrição, comparabilidade e totalização da
organização social desses povos. Até recentemente, os povos da Amazônia
estiveram à margem desta reflexão. O presente trabalho pretende retomar, no
horizonte das culturas amazônicas, dois temas tradicionais dos estudos de
parentesco. Um deles diz respeito ao tipo terminológico mais freqüente na
região, sua forma interna, sua variabilidade e seus correlatos ideológicos e
institucionais. O outro está diretamente voltado à relação entre os
vocabulários de parentesco e os padrões de atitudes definidos pela culturas
amazônicas. Cada um desses temas será precedido de uma pequena introdução
teórica.
"="">
"="">Ferreira, M. (2004). Parentesco e Organização Social na Amazônia: um rápido esboço.
Anuario de Estudios Americanos, 61 (2), pp. 649-679.