As macrófitas aquáticas são importantes componentes dos recursos hídricos. Contudo, a presença excessiva dessas plantas pode diminuir o potencial de usos múltiplos de reservatórios. Nesse estudo visou-se monitorar, por um período de 4 anos (2004 a 2008) as macrófitas aquáticas do reservatório da Usina Hidrelétrica (UHE) Luís Eduardo Magalhães (UHE Lajeado), tendo em vista subsidiar o seu controle. Verificou-se que esse ambiente não apresenta atualmente macrófitas aquáticas em excesso (ca. 26 km2 ) e as espécies com maior cobertura são Salvinia auriculata e Oxycaryum cubense. As plantas encontram-se principalmente confinadas nos braços do reservatório ou em áreas protegidas da ação do vento e das correntezas. Devido à s características hidrodinâmicas (i.e. velocidade e direção da correnteza) e fetch elevado não se prevêem a propagação dessas plantas no corpo central do reservatório. As áreas ocupadas pelas plantas aquáticas têm-se mantido constantes (média: 3.7%), sugerindo que essa comunidade apresente tendência à estabilidade.
Cunha-Santino, M. et al. (2010). Monitoramento das macrófitas aquáticas do reservatório da usina hidrelétrica Luís Eduardo Magalhães (Estado de Tocantins, Brasil). AUGMDOMUS, 2, pp. 38-48.