Na década de 1950 ocorreu notável alteração no padrão de expansão do parque gerador de energia elétrica no Brasil em razão do crescimento da participação estatal, que ocupou espaço até então controlado por grupos estrangeiros. Em 1957 teve início a construção da usina de Furnas, no rio Grande, em apoio aos investimentos industriais do Programa de Metas de Juscelino Kubitschek (1956-1961). Gestado no âmbito da engenharia e da política do estado de Minas Gerais, o projeto apresentava-se como essencial a todo o país e, sobretudo, ao desenvolvimento da chamada região Centro-Sul. Através da análise de depoimentos de engenheiros e administradores sobre Furnas, pretende-se perceber as tramas sociais que condicionaram as políticas públicas associadas à construção dessa grande hidrelétrica.
Andrade, D. & Letícia, M. (2014). A Central Elétrica de Furnas e o Desenvolvimentismo no Brasil(1952-1965). América Latina en la Historia Económica, 21 (2), pp. 145-167.