O presente artigo volta-se ao estudo do Plano de Defesa da Borracha instituído pelo governo federal em 1912, como plano de desenvolvimento regional para recuperação econômica da Amazônia. A literatura tratou tal plano como um amplo projeto de transformação regional, mas que por sua grandeza não se efetivou. Compreender sua elaboração e os limites de sua realização é abrir espaço para a discussão das forças políticas existentes na Primeira República brasileira (1889-1930), tendo em vista a comparação com o bem sucedido e contemporâneo Plano de Valorização do Café. Desse modo, pretende-se analisar a crise da economia gomífera tendo em vista não somente seus determinantes internos, apresentados na historiografia, como também avaliar as causas do restrito apoio do governo da União ao principal produto de exportação da região amazônica.
Matos, O. & Macchione, A. (2013). O plano de defesa da borracha: entre o desenvolvimentismo e a negligência política ao Norte do Brasil, 1900-1915. América Latina en la Historia Económica, 20 (3), pp. 138-169.