Devido ás suas propriedades físicas favoráveis, associados á alta estabilidade física e química em condições normais, materiais naturais, como as zeólitas, têm sido amplamente aplicadas no tratamento de águas residuárias para remover poluentes. A capacidade de troca catiônica de uma zeólita natural brasileira, identificada como escolecita, tem sido avaliada para aplicação no controle de águas residuais. No presente trabalho o potencial da escolecita para remoção de metais tóxicos (Cd2+ , Cr3+ e Pb2+ ) foi investigado. Os efeitos do pH, da temperatura e da concentração de metais em solução durante o processo de adsorção foram avaliados. Isotermas descrevendo o mecanismo de adsorção foram obtidas utilizando-se soluções contendo 50 mg.L-1de cada metal. Foi observada a tendência de retenção de Cr3+ = Cd2+ > Pb2+ , entre 50 e 250 mg.L-1 e Cr3+ = Cd2+ > Pb2+ , e entre 200 mg.L-1 e 600 mg.L-1 , a tendência é mais favorecida, é Cd2+ > Cr3+ > Pb2+ Acima de 600 . mg.L-1 , a tendência de adsorção observada é Cr3+ >Cd2+>Pb2+ Adsorção de Cr3+ e Cd2+ é melhor descrita pela isoterma de Freundich enquanto que para o Pb2+ é pela isoterma de Langmuir. A ordem de dessorção é Cd2+ < Pb2+ > Cr3+ A adsorção dos metais estudados . segue a cinética de primeira ordem e não foi observada uma expressiva influencia da temperatura na adsorção dos cátions.
Saqueto, K. et al. (2010). Estudo da remoção de Cd2+, Cr3+ e Pb2+ de soluções aquosas empregando a zeólita natural escolecita: uma abordagem cinética e termodinâmica. AUGMDOMUS, 2, pp. 49-59.